Assisti há alguns meses um espetáculo envolvente, chamado "Perfume para argamassa - intervenção poética e visual em paisagens urbanas" da companhia Trupe Perfumada de Goias. O espetáculo mistura dança, videos, música, mas principalmente a beleza simples e cálida da vida, a poesia.
Observando a performance dos idealizadores, somente me vinha à cabeça uma frase: a dança é o desenho da música em movimento. E neste espetáculo é demasiadamente nítido o desenho musical da dança.
Os bailarinos (re)constroem a música com a utilização do seu corpo e (sentido,somatório) principalmente de suas sombras, ou serão sobras?!!!
Unindo à musica o movimento da luz, traçando sombras nos muros da cidade e aqui no caso da nossa no centro Forte do Presépio. Ofertando com isso um estado ainda mais belo e sublime a performance.
A união da luz ao corpo resulta nas sombras, nas nossas sombras, penumbras de nós mesmos; outro existente em cada um, que nos acompanha sem desenho, somente em contornos, mostrando que nunca deixamos de ser sempre vários outros em um só corpo.