sexta-feira, 18 de maio de 2012

18 de Maio

Que manicômios temos - lê-se, queremos, hoje em dia !?
O asilar é algo muito mais sutil e nada obvio para se restringir a manifestações indignadas as instituições confinadoras. 
A atualização dos raciocínios se faz necessários senhores PSI- Psicólogos, Psiquiatras, Psicanalistas... 
Comemorar um dia de conquista anti-manicomial não é acreditar que era isso, apenas.
A graça da vida está nas suas sutilezas, esse é o Poder !!



 OBRIGADA ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO e todos que fizeram da arte uma VERDADEIRA possibilidade de libertação !!





quarta-feira, 9 de maio de 2012

O medo que o medo tem


entender que o medo é fundante do ser humano já nos é sabido desde cedo dos anos, mas descobrir-se um medroso nato não é tão simples assim de aceitar.
quando você poda desejos latentes sem um ' o que' palpável e ainda  sendo tomado de uma ânsia incontrolável que lhe letargia, Como reagir ?
ou A quem recorrer?
Um apavoramento, uma agonia perturbando seu intimo, mexendo consigo a tal ponto de exauri-lo de temor; então o que fazer ?como controlar esse medo de desejar?
Desejo que só o ser das profundezas de nós, povoa, e contra ele somos demasiado covardes, por que somos derrotáveis a primeira partida. Ele realmente é um tão estranho que cria vácuos entre nós. Vácuos que teimamos vez por outra  desejar cair, com a infeliz ideia de querer ter o poder do controle. Lá a atmosfera é outra !!!
Respeitar este vazio é cuidar de si, sem necessariamente se desesperar ao menor indicio de não consegui 'enxergar-lo'; ele é da categoria do desconhecido e sempre será, 'pai' da angústia e do medo.
Podemos clamar pela possibilidade de se apropriar de algo que não se vê, transcendendo à imagem e à formas simétricas, claras, e até me arisco em dizer: coloridas.
O fotógrafo esloveno Evgen Bavcar busca as relações entre a cegueira, a imagem, a visão e a invisibilidade.Cego desde dos 12 anos de idade, Bavcar antes de fotografar tentar retirar o máximo da imagem que está sendo criada, trabalha geralmente à noite, para ter um maior controle sobre a claridade diurna, que nem 'de longe' faz parte de seus caminhos. Através das mãos marca a distância entre o objeto e a câmera e para fazer retratos, eleva a câmera na altura dos rostos, guiado pelas vozes das pessoas.
Sua catástrofe transformou-se em representação de onde extrapolaram criações da escuridão, sem que o temor do medo lhe causasse exaustão, vergonha, pânico e destruísse seu poder de criar e de efetivar uma utopia possível.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

terça-feira, 1 de maio de 2012

Ufa, sobrevivi a mais um Natal!!!




... sobre pensamentos bobos e filosofias enormes.


quando vão aproximando-se as chamadas festas de fim de ano, já começo a ficar com um certo grau, mais elevado que o normal, de angústia. Talvez um espirito anti-americano, talvez saudade (in)consciente dos que já não estão presentes, talvez um nada que me suscita este incomodo natalino ...
Diante destes desejos e angústias aleatórios apresentam-se pensamentos significativos, sobre o cotidiano da cultura atual.
Antes, quando eu era criança, e isso não tem mais que vinte anos, só a presença- ausente da visita do Noel já era mágico, só que com o passar dos anos fui perdendo esta magia e hoje ao menor indício de saber que ele pode vir me visitar, eu já me incomodo a tal ponto de não querer recebê-lo.
Aquele nervosismo 'gostoso' da espera transformou-se em repúdio !!
O presente não é mais o papai quem dá, hoje pode ser a mamãe, o titio, a vovó ... mas o Papai - Noel - não!!! A magia de aguardar alguém, na boca da noite, passar e lembrar do seu pedido naquela noite, foi substituída por um 'presente enorme' em que um substituto, mais envaidecido que nunca, quer lhe dar.
Estes pequenos dilemas tornam-se grandes questões mascaradas de charadas, aparentemente, bobas ...
Meu desencanto não é muito diferente de series de pensamentos com que adultos teimam em perder suas noites.
Meus dilemas podem ser aparentemente ridículos mas com certeza ocupam longas jornadas de discussões, pois desconfio que questões bobas ocupam posições significativas; já que particularmente pensar em uma menina às voltas com suas angustias natalinas tem tudo à ver com as garantias culturais e principalmente familiares que tais instituições oferecem atualmente.